Eu quero ser jornalista: perfil de uma mogiana que enfrentou o mundo pelas suas causas

As oportunidades aparecem quando há alguém que acredita no nosso potencial

(Verônica Andrade, colaboradora da Queissada Comunicação)

“Eu quero ser jornalista” foi com essa frase que Verônica Andrade chegou à Queissada Comunicação. Ela nasceu em Mogi das Cruzes e veio de uma família que sempre prezou pela educação. Pai metalúrgico e mãe auxiliar de limpeza, vindos de uma cidade do interior do Rio de Janeiro, para tentar uma vida melhor no crescimento das fábricas da zona metropolitana de São Paulo.

Muito se engana quem vê hoje a jornalista e acha que ela sempre quis seguir nesta profissão. “Sempre admirei pessoas que desde criança se decidiam por algo e não arredaram o pé daquele sonho, mas eu sempre tive muita imaginação e sempre quis fugir da sina da família de professoras, achava que dar aula não era para mim. Mas sempre amei ler, meus pais diziam que eu iria ficar cega de tanto que ‘devorava’ as páginas”, relembra Verônica. 

Aos 19, precisou sair de casa como tantos LGBT’s ouvindo que o futuro seria melhor se ela não fosse assim. Com palavras amargas decidiu ir viver na Capital na esperança de se encontrar. Apoiada pela madrinha, aos 21 anos iniciou uma orientação vocacional. E ali, descobriu que nascera para o jornalismo. Foram três meses de orientação e com um perfil traçado e uma porcentagem de 93% comprovando que a jovem deveria ir para a área de comunicação, Verônica começou a sua jornada no ramo. 

“Até a metade da faculdade eu trabalhava de telemarketing em um call center, no horário da madrugada para conseguir pagar os estudos. Comecei a entrar em desespero porque não me via como jornalista de fato. Achava que não sabia escrever e que nunca conseguiria um emprego na área”, relembra Verônica Andrade.

Em 2019, por um erro foi demitida do call center, pois nem a sua gestora e nem os superiores sabiam de fato o motivo, tudo indica que o nome seguiu em uma lista por meio do RH, mas no caos que vem a ordem. Em menos de um mês depois, Verônica iniciou o seu primeiro estágio em uma clipadora, onde realizava o serviço de busca manual dos clientes na internet e em jornais. “Era um trabalho muito desgastante e após 9 meses via que não estava evoluindo profissionalmente, e novamente fiquei com a sensação de alerta. Mas decidi que iria buscar algo, saí perguntando para todas as pessoas que conhecia se precisavam de estagiário! Fui muito cara de pau”, diz a jornalista. 

No final do ano, ela conseguiu uma bolsa para fazer inglês na Casa1, um centro de acolhida e apoio LGBTQUIA+, através do programa “english to trans-form“. E uma das professoras trabalhava com comunicação, e a jovem questionou para a docente se ela precisava de um estagiário. “Dois dias depois esta mesma professora enviou uma mensagem com um print de um grupo de jornalistas, onde tinha um anúncio que a Queissada Comunicação precisava de estagiário”, relembra.

Em março de 2020, ela saiu da clipadora e iniciou na Queissada Comunicação. Para a jornalista, estar trabalhando há quase um ano na empresa mostra um crescimento pessoal e profissional. “Sou muito grata à Juliana Queissada que acreditou em mim, até mesmo quando eu não acreditava. Como eu sempre digo à ela, eu comprei o sonho da Queissada, para mim não sou funcionária, sou parte dessa agência e busco sempre o melhor para ela e meus clientes! Trabalhar com temas que sempre nortearam minha vida como educação, esportes e intercâmbio me inspira todos os dias através dos meus textos aplicar o jornalismo que eu acredito!”, finaliza Verônica Andrade. 

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